Me levanto as seis

Olhava ele no fundo dos olhos, mais não via absolutamente nada. Com o rosto tão perto do meu, a boca não encontrando a minha. Sinto um pouco de culpa por não amar. Me segura á mão ás 4 da manhã, puxa-me para baixo da escada, beija meu pescoço, arranho-lhe as costas por cima da roupa. Tudo não me passa de um desejo, mais eu não disse nada, portanto, continue!

O porteiro reclamando que ‘aqui não é lugar para namorar’, subimos as escadas, as 4:37 e fomos até o quarto. Olho outra vez para os olhos, nada encontro, apenas minha insignificância, sou tão vazia que não consigo encontrar o que nem procuro.

A casa esta deserta, o peixe em seu cubículo aquático quase cai e quebra. Beijos seguidos de abraços, até ele tentar desabotoar minha calça jeans. Digo que esta tarde, ‘Agora são 5, e eu me levanto as 6! Boa noite’.