Desistir ou persistir


Alice acordou cedo, como faz todos os dias, mas hoje teria que ir de ônibus ao colégio. Perdeu o primeiro. O dia nublado, meio chuvoso e seu livro eram as únicas coisas que a consolavam nesses últimos tempos. Estava sendo difícil. Na aula não conseguia prestar atenção em praticamente nada que o professor falava... depois que deu uma tarefa para entregar, vish, se desesperou.

Ela queria muito participar de um concurso de contos que estava tendo, mas as inscrições só poderiam ser feitas através de correspondência, mandando junto os contos. Decidiu que faltaria o curso para poder enviar, pois o prazo estava curto, e ela tinha medo de que não chegasse a tempo. Passou em casa, colocou tudo que precisava em uma bolsa, inclusive o pen drive, almoçou, trocou de roupa e correu para fazer as impressões.

Jurava que demorou uma hora para imprimir aquilo tudo, e ainda ficou devendo a mulher por temer que o dinheiro não iria dar. Perdeu outros ônibus, pois se deu conta de que realmente o dinheiro não iria dar, resolveu ligar para sua mãe trazer mais até o tubo onde estava, pois a cobradora não poderia deixar ela sair, estava sendo fiscalizada por câmeras. Depois de algum tempo, pôde partir, e não demorou a chegar ao correio.

Após a fila, frustrações. Havia dado 30 reais, e ela tinha apenas 15... o que faria agora? Manteve a paciência, pegou o maço de folhas, agora envelopados, e voltou para casa. Leu seu livro no trajeto, quase perdeu o ponto que descia. Chegando em casa, se trancou no quarto, deitou no chão, pois a cama estava bagunçada,  e chorou. Depois voltou a sala para conversar com a mãe e, contar o que aconteceu. Alice desejava explodir. Havia se dedicado tanto aqueles contos, e tudo tinha sido inútil. Mas sua mãe, não conformada, decidiu que ela iria ao correio e enviaria tudo que precisasse, e o dinheiro iria ser tirado do banco. Porém, a mãe de Alice estava com febre e não tinha condições de ir até lá.

Mãe: Você teve tanto trabalho pra fazer isso tudo, não pode deixar de mandar.

Alice: Que se dane, não vou mandar essa droga.


Com os diálogos da mulher mais velha, a outra cedeu. Sem pensar, foi novamente até o correio, agora com todo o dinheiro, e ainda mais cansada. Enfrentou ônibus novamente, outra fila que agora estava menor, e logo foi atendida. Finalmente pagou os 30 reais, que agora subiram para 33, talvez por causa da diferença de balanças que pesavam. Agora, mais aliviada, pode voltar para casa, e abraçar sua mãe que não lhe deixou desistir.

10 comentários que me fazem sorrir:

Adriana Leandro disse...

Persistir nunca, né. Bjus!

galerafashion.blogspot.com.br

Angel Poubel disse...

Own, mãe é mãe né!?
Com certeza os contos de Alice não são tão bons quanto esse! Parabéns flor!!!

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Big bj ;*
www.angelpoubel.com

Anne Lieri disse...

Lari,as mães salvam mesmo nos momentos de desanimo!Um belo conto!bjs,

Tayane Ribeiro disse...

Adorei, e quantas vezes perdemos chances únicas por desistir na primeira queda, devemos persistir sempre
beijos

AquilesMarchel disse...

ainda bem né

legal a história
acho que minha mae pouco ligaria

obrigado pelas visitas
voltei a escrever

Felisberto T. Nagata disse...

Olá
Boa noite
Lari
Belo conto...
sim...os desafios estão sempre presentes em nosso dia-a-dia. Precisamos lutar, por vezes , muito para não desistir.Nesses momentos difíceis, quando pensamos em desistir, em parar, em largar tudo, precisamos de algumas palavras de apoio... principalmente dentro de um ambiente doméstico...e a mãe foi uma peça chave para que Alice não desistisse..
Obrigado pelo carinho da visita
Bom final de semana
Beijos

Simples Glamour disse...

Adorei as palavras, que lindo texto!

Beijoos, Ana Carolina.
http://simplesglamour.blogspot.com/

Alice Martelo disse...

Quem desiste perante os obstáculos, desiste dos seus objetivos. É isso mesmo.
Bonito conto.
Beijinhos e boa semana

Lucimar da Silva Moreira disse...

Desistir jamais. Lara beijos.
Lucimar Estrela da Manhã

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Fred disse...

Mãe é mãe... hehehe! Beijos, querida! Gracias pelas felicitações!