Ela é o mar violento que te
arrasta até o fundo, afoga sem deixar morrer, depois trás com calma até a
superfície e expulsa pra areia.
Ela é fogo, chama que não se
apaga, queima o que toca deixa marcas na pele pra nunca mais esquecer.
Ela é lâmina, corta, mutila e te
manda andar até a esquina.
Ela é deusa, comanda e desmanda
nas matas, os bichos obedecem, os espíritos correm. Defende com unhas e dentes
os seres deste lugar.
Ela é tempestade, alaga as
cidades que teu coração quis morar.
Ela é violenta. Persuade, chama
pra caverna, faz apaixonar e depois te larga ali no canto pra chorar.
Ela é querida, te chama de vida e
te faz querer amar.
Essa mulher é ventania, entra
pelas tuas narinas te trás vida, esperança de que tudo vai melhorar. Depois vai
embora, sem despedidas, quem mandou querer ficar.
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